En dos semanas se va a realizar un interesante encuentro para debatir sobre la historia de Brasil y Argentina:
Programa del II-WAB: Segundo Workshop Argentino-Brasileño de Historia Comparada
Sede: Centro Cultural Brasil-Argentina (CCBA), Av. Belgrano 552, San Telmo, Buenos Aires.
El 11 de septiembre a las 11.50 hs vamos a presentar la siguiente ponencia:
"Argentina e Brasil frente aos Estados Unidos:
o conflito de Santo Domingo e a transição rumo ao alinhamento"
Leonardo da Rocha Botega (Univeridad Federal de Santa María) y
Leandro Morgenfeld (Universidad de Buenos Aires/CONICET)
A história das relações exteriores de Brasil e Argentina frente
aos Estados Unidos é marcada pela oscilação entre momentos onde prevaleceram projetos
autônomos de inserção internacional e momentos de predominância da concepção de
alinhamento automático. Estes diferentes momentos também marcaram as próprias relações
entre os dois países que, ao longo de suas histórias pós-independências,
oscilaram entre a aproximação e a rivalidade. As próprias percepções
estratégicas de Portugal e Espanha ao longo de três séculos de colonialismo
contribuíram muito para tal fato.
Ao longo de todo o século XIX, o Cone Sul foi uma região
marcada por intensos conflitos bélicos, que em sua maior parte colocaram em
lados opostos as estratégias regionais de Argentina e Brasil fomentando
desconfianças e a percepção de que a região estaria em um constante compasso de
espera a um enfrentamento entre os dois países. Com a proclamação da República
no Brasil em 1889, as relações bilaterais tenderam a serem menos tensas, porém
não deixaram de serem oscilantes. No início do novo século houve um
estremecimento de relações devido a interpretação da chancelaria argentina de
que o projeto naval brasileiro impulsionado pelo Barão de Rio Branco seria a
expressão de uma vontade hegemônica que alterava o equilíbrio regional. Foi
justamente durante o período da diplomacia de Rio Branco que nasceu o primeiro
grande projeto de integração regional o Pacto ABC.
Este projeto acabou naufragando diante das diferentes perspectivas estratégicas
de inserção dos países no cenário internacional nas primeiras décadas do século
XX, pois, enquanto a diplomacia argentina aliava-se incondicionalmente a
Grã-Bretanha, o Brasil tornava-se um porta-voz do Pan-americanismo proposto
pelos Estados Unidos. Tal fato se agravava ainda mais com a constante
rivalidade entre Argentina e Estados Unidos ao longo da primeira metade do
século XX.
Estas diferentes estratégias de inserção dos dois países
no cenário internacional continuaram a prevalecer durante os governos Vargas,
no Brasil, e Perón, na Argentina, que apesar da suposta proximidades
ideológicas mantiveram certo distanciamento, sobretudo, nos debates da Segunda
Guerra Mundial e no imediato pós-guerra.
Nem mesmo a proposta peronista de retomada do Pacto ABC, em 1950, serviu como
canalizador de uma aproximação mais sólida entre os principais países do Cone
Sul.
O momento mais propício e de maior aproximação
entre os dois países ocorreu justamente quando Brasil e Argentina buscaram um
projeto autônomo de inserção internacional, quando os governos de ambos os
países convergiram no que diz respeito aos principais temas da política
internacional.(...)
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