Acaba de publicarse un excelente libro sobre las políticas externas de Argentina y Brasil frente a la "cuestión cubana" en los años siguientes a la Revolución y bajo la fuerte presión estadounidense: QUANDO A INDEPENDÊNCIA FAZ A UNIÃO: BRASIL, ARGENTINA E A QUESTÃO CUBANA (1959-1964), del historiador brasilero Leonardo da Rocha Botega. contacto: leobotega@brturbo.com.br
Comparto el comentario que escribí para la contratapa y la solapa:
Contra capa
A
Revolução Cubana marcou um ponto
de viragem no sistema interamericano.
Os Estados Unidos redobraram seus
esforços para disciplinar o seu
"quintal". Durante os
primeiros anos, os principais países do Cone Sul, Argentina e Brasil, resistiram essa imposição política. Leonardo
da Rocha Botega reconstrói
com maestria a confluência bilateral e a
implantação de uma política externa independente,
que foi cancelada, não por coincidência,
depois dos golpes de 1962 e 1964. Historicamente, predominaram
as rivalidades e desconfianças
entre Argentina e Brasil. Por isso, discutir
esta fase crucial, em que a convergência bilateral, expressa principalmente na Declaração de Uruguaiana, se tornou possível, tem não somente uma
grande relevância histórica, como também
uma grande relevância no presente. Produto de uma extensa pesquisa com bibliografia e
documentação dos dois países, Quando a Independência
faz a União é uma leitura essencial para
entender o contexto do início
da Guerra Fria na América Latina,
os fundamentos teóricos das posições externas do Brasil e da Argentina e uma
cronologia detalhada do intenso
conflito interamericano do início dos anos 60. Esta
obra explica com agudeza por que e como os princípios da autodeterminação dos Povos e Não-Intervenção foram abandonados em procura do
alinhamento com os Estados Unidos.
Leandro Morgenfeld
Orelha do livro
Este livro de Leonardo da Rocha Botega analisa
magnificamente um período muito importante na América do Sul, marcado por uma
inédita confluência das políticas externas argentina e brasileira, em pró da
defensa da autodeterminação dos Povos e do principio de Não-Intervenção. No contexto das pressões estadunidenses para
excluir Cuba do sistema interamericano e aplicar a Doutrina de Segurança
Nacional, as posições de Quadros, Goulart e Frondizi foram desafiantes e sofreram muitas críticas. Bem documentado, o autor reconstrói
as teorias em pugna, as diversas argumentações e os debates da época. Esta
pesquisa permite compreender por que os golpes de Estado, em 1962 y 1964,
derrubaram as políticas externas independentes e provocaram a volta da rivalidade
entre Argentina e Brasil. Com uma ótica histórica e um ponto de vista
bem assumido, mas sem perder a objetividade, Leonardo da Rocha Botega analisa, tomando por base o método comparativo, as similitudes e diferenças das políticas
externas de ambos países. O autor mostra que, mesmo que
se definiam como pertencentes ao bloco ocidental, não consideraram necessário o
alinhamento automático aos Estados Unidos, nem restringiam suas relações aos
países pertencentes a este bloco.
Leandro Morgenfeld
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